domingo, 18 de setembro de 2011

LEOCÁDIO, O LEÃO QUE MANDAVA BALA

Leocádio, o leão que mandava bala


       Essa é uma fábula moderna. Não só as crianças, mas muitos adultos gostarão de ler essa história.
       Nela, um leão, não como todos os outros, – esse era especial! –, sentiu o desejo de conhecer outros mundos. Não mundos distantes, mas diferentes do dele, a floresta.
       Nesta floresta a vida era muito boa... até que... começaram a aparecer caçadores.
       Os temidos caçadores não deixavam os leões em paz. Até que o senhor Leocádio aprendeu a atirar. Cada caçador que aparecia na floresta se deparava com Leocádio, e o espertinho dava um jeitinho de roubar a espingarda de cada um deles, e atirava. E atirando, atirando foi parar no circo.
       Lá era idolatrado, e mesmo quando contrariado conseguia o que queria, pois metia medo em todo mundo com seu rugido, bem assim: GRAUGRRR.
      Aprendeu a ser homem: um leão-homem. Teve sonhos, desejos de homem; ambição de homem; começou a se comportar como homem; enfim, deixou de ser apenas um leão, e passou a ser um homem como qualquer homem desta Terra! Mas no meio dessa confusão, percebeu que era só mais um na multidão!
      Logo, a solidão bateu à sua porta. Quando estava no auge de sua carreira, podia tudo, comprava tudo, até a amizade das pessoas. O tempo foi passando, tudo o que desejava fazer, fazia, e quando não tinha mais nada que já não tivesse feito, sentiu um vazio no peito.
      Os aplausos que recebia, e toda bajulação já não eram suficientes para preencher seu coração, que não era pequeno não!
      Por causa disso resolveu pedir ajuda. O salvador: o tio Shelby. Graças a ele o senhor Leocádio voltou para o seu lugar: a floresta. Mas já não era o mesmo de outrora. O trauma da cidade grande e da fama nunca ninguém descobriu se Leocádio superou, pois Leocádio, o Grande, aquele que mandava bala, simplesmente, sumiu!
      Se, por acaso, você vir um leão por aí pode avisar o tio Shelby, pois ele está esperando notícias desse leãozinho, principalmente porque o tinha como um irmão, mas não se preocupe, o Leocádio não morde, não!




Referência do livro: SILVERSTEIN, Shel. Leocádio, o leão que mandava bala. (Trad. Antonio Guimarães) 2 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

Quer saber mais visite o site: www.leiturinhas.com.br