Alice no País das Maravilhas
Estava ansiosa para escrever sobre Alice. Afinal, um clássico da literatura não deve ser tão fácil de ser comentado. Porém, longe de fazer análises sobre o que Carroll quis mostrar com a história de Alice, faço apenas um comentário sobre ela a fim de indicar a leitura, sem compromisso de entendê-la, dessa história maravilhosa.
Ao iniciar a leitura do livro, parece que estamos diante de uma história sem “pé nem cabeça”, tudo é complicado e confuso, por isso penso ser melhor apenas ler o livro por puro prazer, sem tentativas de entendê-lo ou analisá-lo.
O melhor da vida, mesmo, é ser criança! Quando somos nem imaginamos, mas é só nos tornarmos adultos que vemos o quão bom era aquele tempo. Quem nos comprova isso é a pequena Alice, que de pequena só tem o tamanho, pois é de uma inteligência, mesmo que ingênua, sem igual.
Essa menina nos surpreende, pela sua ousadia e audácia, ou seja, ela é atrevida e corajosa, como a maioria das crianças. Muitas vezes as crianças são repreendidas por seus comportamentos, mas é natural delas fazerem o que acham certo e dizerem o que pensam. A Alice é assim. Mas, é claro, isso tudo por causa de sua ingenuidade. Mesmo que muitos digam o que se deve ou não fazer, o que se deve ou não dizer, ela faz e diz o que quer. E isso se explica pelo fato de que crianças não são mentirosas, são verdadeiras, não dizem algo para magoar, mas dizem, simplesmente, o que pensam.
Para alguns Alice se aproveita da fase em que está, por exemplo, para fazer certas coisas é muito pequena, já para outras, grande demais (por isso vive diminuindo e aumentando de tamanho), prefiro pensar que ela é ingênua, por isso, ao longo da história, deixa alguns personagens confusos, sem saída para algumas de suas indagações.
Ora essa! É mais comum do que se imagina crianças curiosas perguntarem sobre o que lhes interessa ou o que lhes é curioso. E com a Alice não seria diferente. Afinal, é a curiosidade que move o mundo!
Gosto de pensar nesse livro com um daqueles que devemos apenas ler por prazer, sem nos preocupar em fazer alguma análise, mas os adultos são teimosos, tenho certeza de que tentarão.
Quanto aos pequeninos, já não me preocupo, porque é da natureza deles entenderem sem fazer esforço algum. Engana-se quem pensa que não são inteligentes o suficiente para entenderem um livro como este.
Para as crianças, assim como para Alice, o desconhecido é instigante e desafiador. A leitura dessa obra será deslumbrante para você que ainda não conhece ou não leu a história da pequena Alice.
Ah! Sem desencorajar os que já leram, muito pelo contrário, encarem a nova leitura como uma revisitação a um álbum de fotografias, sempre há cenas que passaram despercebidas, e quando as percebemos lembramos de muito mais do que apenas o passado, lembramos dos nossos sentimentos, que é muito melhor do que apenas ver com os olhos, pois os sentimentos são os olhos do coração!
Referência do livro: Carroll, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Tradução: Nicolau Sevcenko. Ilustrações: Luiz Zerbini. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
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