A vida íntima de Laura e outros contos
“A vida íntima de Laura” é um presente que a Clarice deixou para nós. É ela própria quem conta a história, e começa descomplicando o termo “vida íntima”, que não é tão difícil de ser entendido quando explicado de forma simples como Clarice faz.
Aliás, a linguagem que ela utiliza é bem simples, parece mesmo é que ela está conversando com quem está lendo, e isso torna a leitura bem agradável.
Mesmo sendo íntima, a vida da galinha Laura é exposta a quem quiser ler esse conto, e Clarice não hesita, conta tudo!
Laura, uma galinha muito simples, porém bem-humorada e vaidosa – pois gosta de estar sempre bem limpinha e arrumada – é muito valorizada por sua dona e por toda a vizinhança, pois é a galinha que mais bota ovos.
Esse talento compensa a falta de inteligência dela. Mas pensando bem ela não é tão burra assim, pois sabe que ser diferente não é defeito e não sente preconceito pela galinha carijó, a única dessa raça em todo o galinheiro. As duas até são amigas. Deve ser porque, como diz a Clarice, sabem que para Deus não existe esse negócio de raça melhor ou pior.
Um dia Laura sente que vai ser mamãe. Corre contar para seu marido, o Luís. Logo que o filho nasce ela começa a cuidar dele, como as mães costumam fazer: dar comida na boca, etc. E ela se sente muito satisfeita com a maternidade.
Mas Laura tinha um medo. Um medo terrível: de morrer. É isso mesmo! Ela morria de medo de morrer. E não é que certa vez inventaram de fazer galinha ao molho pardo e a cozinheira queria logo a Laura para fazer o tal prato!
Porém Dona Luísa, a dona da Laura, não deixou, pois ela era uma galinha estimada. E Laura muito da esperta – ah, está vendo só, ela não tinha tanta burrice assim, não – se suja de lama para não ser reconhecida e não ir para a panela, já que todas as galinhas eram um pouco parecidas.
Acabam escolhendo outra galinha.
Laura era uma galinha comum, mas não para o Xext (lê-se: Equzequte), uma espécie de anjo da guarda, habitante de Júpiter, que certa noite desceu até o galinheiro onde ela dormia para lhe conceder um desejo. Mas Laura só pediu uma coisa: se seu destino fosse o de virar comida, queria ser comida por Pelé.
Mas que pedido esquisito, você não acha?
Será que Xext concedeu a ela esse desejo? Só a Laura mesmo para pedir uma coisa dessas!
Ah... Um segredinho, mas que fique só entre nós: a Laura é bem vivinha ainda!
Essa é uma das histórias que fazem parte do livro “A vida íntima de Laura e outros contos”, e se você gostou dela vai gostar também de “A mulher que matou os peixes” e “Quase de verdade”, é só ir correndo para a biblioteca e se divertir com essas histórias de bichos e mais bichos!!!
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