quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

GUILHERME TELL

Guilherme Tell

       A principal temática de Schiller sempre foi a liberdade dos homens. E na história de Guilherme Tell não seria diferente.
      Temos na história uma espécie de três mosqueteiros suíços. Três amigos tentam libertar o povo suíço da tirania de governadores austríacos, mas sem sucesso.
      A libertação só se realiza quando Guilherme Tell descumpre uma ordem do governador Gessler. Guilherme recusa curvar-se diante de um chapéu do governador que fora pendurado em um poste, no centro da cidade.
       O governador não gosta nada do enfrentamento de Guilherme e propõe algo terrível para que ele tivesse sua liberdade preservada: estaria livre se acertasse sua flecha em uma maçã, porém essa estaria sobre a cabeça de seu filho, Walter.
Será que Guilherme Tell teve coragem de por a vida de seu filho em risco em prol de sua liberdade? E o governador honrará a sua palavra, depois de ter deixado de fazer tantas coisas que havia prometido?
      Essa história retrata muito bem os valores de uma época em que a palavra de uma pessoa valia mais do que qualquer coisa; uma época em que ainda existia palavra de honra; em que filho poderia confiar de olhos fechados no pai; em que os homens não traíam uns aos outros; em que a união preservava a liberdade de um povo inteiro; em que as pessoas não se corrompiam por falsas promessas e bens materiais; uma época em que se pensava em preservar o bem comum, pois se a sociedade está bem, logo o povo também está.
       Que pena que esse tempo já passou! Mas nunca é tarde para aprender. Essa história nos dá uma lição de união e amor à pátria, sentimentos esses que parecem estar esquecidos na nossa sociedade.
       É bom de vez em quando voltarmos ao passado e relembrar fatos para não repetirmos os mesmos erros e para que possamos fazer um futuro diferente e melhor!

Referência do livro citado: SCHILLER, Friedrich. Guilherme Tell. Recontado por Barbara Kindermann; tradução de Christine Röhrig. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

RAUL DA FERRUGEM AZUL

                         Raul da ferrugem azul

        Quem é que nunca ficou indignado, irritado ou, até mesmo, envergonhado por presenciar alguma situação de violência – seja física ou moral – contra alguém?
       O Raul sentia tudo isso, mas não fazia nada, não. Deixava as coisas acontecerem, só observava, sem falar nada, sem protestar. Está certo que ele bem que queria reagir, mas não tinha coragem. Só a vontade não bastava!
       Por isso, de tanto ver coisas injustas e erradas serem feitas e acabar consentindo – como diz o ditado: “Quem cala, consente.” – ele foi enferrujando. Não demorou muito e Raul percebeu que estava quase todo azul!
       Imagina! O Raul azul!! Ora essa, a gente não fica vermelho de raiva? Amarelo de vergonha ou medo? Pois o Raul ficou azul, de tanto ficar calado.
       E cada pessoa que não se manifesta quando vê atos errados, vai criando uma ferrugem, como a Estela, que tinha ferrugem amarela, e a Marieta da ferrugem preta. E você? Qual é a cor da sua ferrugem? É claro que você só a terá se ficar calado diante de atos covardes e injustos. Será que fica?
Seria uma boa ideia se a gente ficasse de alguma cor para demonstrar a nossa insatisfação com alguma coisa, assim, talvez, a gente nem precisasse falar, só de nos verem já saberiam das coisas erradas que estariam fazendo e recuariam, não praticando mais tais atos.
       Muitas vezes nos acovardamos diante de situações intoleráveis, mas a nossa perda de voz tem uma explicação: o medo. E é esse medo que não podemos deixar que tome conta do nosso pensamento e ação e, assim como Raul, devemos falar o que nos incomoda. Se cada um fizer a sua parte, quero dizer, se cada um falar o que pensa não teremos apenas uma voz, mas um coro, e aí, sim, seremos ouvidos e, mais do que isso, respeitados.
      É isso o que acontece com o menino Raul, que já não é mais da ferrugem azul, pois decidiu usar um dos seus dons especiais: a voz! E todo medo e insegurança que sentia, sumiram.
      Saiba você de um segredinho: todos nós temos esse dom especial!!!

Referência do livro: MACHADO, Ana Maria. Raul da ferrugem azul. Ilustrações de Rosana Faría. São Paulo: Richmond Educação, 2009.

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

ESTRELAS TORTAS

Estrelas tortas

       Quem é que nunca pensou que a vida de outrem é melhor que a sua? Mas se pararmos para pensar nem estamos com aqueles 24 horas, nem sabemos dos seus sonhos, medos, possibilidades, limitações, problemas...
       É esse pensamento que Gui passa a ter depois que sua irmã, a Marcella, sofre um acidente que muda radicalmente a vida de toda a família.
      Antes do acidente, era a Marcella quem cuidava do irmão mais novo, agora é ele quem tem de cuidar dela.
      Uma garota cheia de vida, sonhos e planos, vê seu futuro mudado, do qual não gosta nenhum pouquinho, e no início se recusa a aceitar o seu novo estado físico. Mas com a ajuda da família e de verdadeiros amigos vai aprender a reconstruir e reelaborar os seus planos.
      A história é contada na visão de 8 (oito) personagens. Cada um coloca as suas impressões, e de maneira muito particular expõe seus sentimentos em relação à batalha enfrentada, principalmente, por Marcella. Temos o depoimento dos pais, de amigos, de novos amigos conquistados depois do acidente, e do irmão de Marcella, o Gui.
      É Guilherme que nos impressiona com suas atitudes, e nos dá um banho de compaixão e amor pelo próximo, não só porque Marcella é sua irmã, mas porque ele entende que “...a gente é como um pedaço da noite./De longe, estrelas perfeitas./De perto, estrelas tortas.” Já explico!
     Quando não convivemos diariamente com pessoas que achamos que tem a vida “melhor” que a nossa, elas são, para nós, como estrelas perfeitas, mas ao observarmos uma estrela com um telescópio, vemos que até elas tem suas imperfeições.
     A vida é assim, todos temos dificuldades, limitações, mas o que decide se a nossa vida valerá a pena é a nossa vontade de viver.
     Gui ajudou Marcella a perceber isso. E ao invés de ficar se lamentando por ter ficado paraplégica, Marcella descobre que apesar de não poder andar, ainda pode voar, e voando pode chegar muito mais longe do que imaginava ser capaz.
     Essa história é muito parecida com uma novela que já passou na televisão brasileira, será que vocês lembram? Mas a do livro é muito melhor, porque apresenta um contexto mais real, está muito mais para a realidade do que para a ficção. Pois como podemos observar pela leitura do livro, ter uma deficiência física e lidar com esta não é tão fácil assim.
     Os personagens conseguirão construir relações muito melhores e mais transparentes a partir desse acontecimento, e com a ajuda de pessoas que realmente se importam e gostam de Marcella, ela não se conformará com seu estado e conseguirá superá-lo com determinação.

Referência do livro: CARRASCO, Walcyr. Estrelas tortas. 2 ed. São Paulo: Moderna; 2003.

Marcia Pereira

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domingo, 18 de setembro de 2011

LEOCÁDIO, O LEÃO QUE MANDAVA BALA

Leocádio, o leão que mandava bala


       Essa é uma fábula moderna. Não só as crianças, mas muitos adultos gostarão de ler essa história.
       Nela, um leão, não como todos os outros, – esse era especial! –, sentiu o desejo de conhecer outros mundos. Não mundos distantes, mas diferentes do dele, a floresta.
       Nesta floresta a vida era muito boa... até que... começaram a aparecer caçadores.
       Os temidos caçadores não deixavam os leões em paz. Até que o senhor Leocádio aprendeu a atirar. Cada caçador que aparecia na floresta se deparava com Leocádio, e o espertinho dava um jeitinho de roubar a espingarda de cada um deles, e atirava. E atirando, atirando foi parar no circo.
       Lá era idolatrado, e mesmo quando contrariado conseguia o que queria, pois metia medo em todo mundo com seu rugido, bem assim: GRAUGRRR.
      Aprendeu a ser homem: um leão-homem. Teve sonhos, desejos de homem; ambição de homem; começou a se comportar como homem; enfim, deixou de ser apenas um leão, e passou a ser um homem como qualquer homem desta Terra! Mas no meio dessa confusão, percebeu que era só mais um na multidão!
      Logo, a solidão bateu à sua porta. Quando estava no auge de sua carreira, podia tudo, comprava tudo, até a amizade das pessoas. O tempo foi passando, tudo o que desejava fazer, fazia, e quando não tinha mais nada que já não tivesse feito, sentiu um vazio no peito.
      Os aplausos que recebia, e toda bajulação já não eram suficientes para preencher seu coração, que não era pequeno não!
      Por causa disso resolveu pedir ajuda. O salvador: o tio Shelby. Graças a ele o senhor Leocádio voltou para o seu lugar: a floresta. Mas já não era o mesmo de outrora. O trauma da cidade grande e da fama nunca ninguém descobriu se Leocádio superou, pois Leocádio, o Grande, aquele que mandava bala, simplesmente, sumiu!
      Se, por acaso, você vir um leão por aí pode avisar o tio Shelby, pois ele está esperando notícias desse leãozinho, principalmente porque o tinha como um irmão, mas não se preocupe, o Leocádio não morde, não!




Referência do livro: SILVERSTEIN, Shel. Leocádio, o leão que mandava bala. (Trad. Antonio Guimarães) 2 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

VIAGEM AO CENTRO DA TERRA

Viagem ao Centro da Terra

Para quem gosta de aventura e de desafios, este é o livro recomendado. O escritor Júlio Verne sempre esteve à frente de seu tempo, antecipando algumas descobertas e invenções científicas. Pois nas palavras de Walcyr Carrasco “Júlio Verne é o primeiro grande autor a unir o conhecimento científico com a literatura de aventura.”
Parecia loucura o que o professor Lidenbrock planejara fazer depois de ter encontrado um manuscrito que escorregara de entre as páginas de um antigo livro. Esse foi o pensamento de seu sobrinho, Axel, cujo tio, cientista, contará com a ajuda para tentar percorrer um suposto caminho até o centro da Terra.
É Axel quem nos conta essa incrível viagem, por mais que ele achasse uma loucura não consegue negar seu espírito aventureiro.
Tio e sobrinho vão se aventurar nessa viagem fantástica, na qual terão de superar muitas dificuldades como a falta de água potável; temperaturas às vezes muito baixas, às vezes muito altas; escassez de comida; sem contar os animais pré-históricos incríveis que encontrarão ao longo da jornada. Axel se impressiona tanto que chega a pensar que está em outro mundo.
Mas nada se compara com o que ele vive quando se perde de seu tio a uma profundidade incalculável, ficando na escuridão total. Os seus sentimentos e pensamentos são os mais diversos possíveis, imaginando até que poderia morrer e nunca mais ser encontrado. Porém, seu amor pela bela Grauben lhe dará forças para não desistir e continuar procurando um caminho de volta até seu tio.
É uma história incrível e fascinante! Mas chega de dar detalhes senão acabo contando o final da história. Se você se interessou pelo romance não perca tempo, comece a ler o mais rápido possível para descobrir se os nossos desbravadores chegam ao destino tão desejado e se aventure você também nessa maravilhosa viagem rumo ao centro da Terra!



Referência do livro: VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. Tradução e adaptação de Walcyr Carrasco. 1 ed. São Paulo: FTD; 2007.

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domingo, 17 de julho de 2011

PÉ DE GUERRA: MEMÓRIAS DE UMA MENINA NA GUERRA DA BAHIA

Pé de guerra: memórias de uma menina na guerra da Bahia

Desta vez é uma garotinha de 7 anos, chamada Camila, quem nos conta e encanta com sua história.
Morando em Salvador, vivencia os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.
Camila se aventura contando tudo de acordo com seu ponto de vista, e no começo até acha legal a tal guerra, mas à medida que o tempo passa vai percebendo que a guerra é, na verdade, algo muito terrível.
Entre submarinos, black-outs, aviões, inimigos... ela nos conta as conseqüências da guerra e as transformações na vida de todas as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente. Como a família de Hans, um garoto da idade dela, seu vizinho e filho de alemães.
A garota viverá dois conflitos: a guerra de verdade, que mudará a rotina da família; e uma guerra em seu coração.
Para Camila essa é, talvez, a mais difícil de resolver. Pois no meio dessa confusão toda não é que ela acaba se apaixonando justo por um inimigo!
Mas para ela não era tão fácil entender quem era inimigo. Ora, o que um menino de sua idade poderia fazer para ser considerado inimigo? Será que alguém poderia ensiná-la a odiar o seu inimigo?
Camila vai descobrir que não. Sabe por quê? Porque era uma criança, e no coração das crianças não há espaço para o ódio. E quando ela menos esperar seu inimigo também demonstrará amor por ela, mas será tarde demais, porque a guerra mudará o destino de suas vidas.

Referência do livro: ROBATTO, Sonia. Pé de guerra: memórias de uma menina na guerra da Bahia. São Paulo: Editora 34; 1996.

Do outro mundo

Do outro mundo

Você deve estar se perguntando se essa história é de terror, pois o título é sugestivo! Mas não! Essa história não é de terror. Poderíamos até dizer que essa história é de dar vergonha em toda a sociedade. Você já vai entender!
Nessa história Ana vai nos mostrar do que o ser humano é capaz de fazer por poder, para tê-lo ou, ainda, para não perdê-lo.
Tudo começa quando a mãe de Elisa e Léo resolve transformar o sítio, herdado por ela, em uma pousada.
Para a alegria da criançada, elas poderão ajudar. Além de Elisa e Léo, que são os filhos de Vera, seus amigos Mariano e Terê vão poder ajudar. E como recompensa poderão dormir no “anexo” da pousada, um lugar que há muito tempo havia sido uma senzala.
É na primeira noite, em que as crianças dormem no “anexo”, que coisas estranhas começam a acontecer.
Primeiro Mariano escuta ruídos, logo em seguida parece ouvir alguém chorando. Mas acaba pensando que é uma das meninas do quarto ao lado.
Porém, ele não foi o único que ouvira tudo isso. Elisa também havia tido essa experiência.
As noites passam e em uma delas, os quatro amigos, Mariano, Elisa, Léo e Terê, têm a incrível experiência de encontrar uma menina fantasma, a Rosário.
É ela quem vai contar as atrocidades que as pessoas cometiam contra outras, escravas, no tempo da escravidão. E você vai ter certeza de que essas são piores do que coisas de outro mundo.
E é Mariano quem vai registrar tudo e nos contar essa história.
Rosário enfrentará um fantasma de arrepiar: a lembrança dolorosa de quando estava viva, e era escrava por causa de sua cor. Com a ajuda da garotada ela tentará superar esse trauma e o medo de que outros venham a sofrer o que ela sofreu.
Mariano também terá um desafio! Bem menos complicado: o de registrar toda a história de Rosário escrevendo um livro e publicando-o, para que todos possam ler, compreender que ter a liberdade privada deixa marcas profundas nas pessoas, feridas que não tem cura, e para que nunca mais a humanidade cometa o mesmo erro.

Referência do livro: MACHADO, Ana Maria. Do outro mundo. 1.ed., 8.impr. São Paulo: Ática; 2007.

O fantástico mistério de Feiurinha

E foram felizes para sempre...

Nem sempre. Pode parecer mentira, mas é verdade! Há um conto de fada em que o “felizes para sempre” deve ter fugido. Para descobrir que conto é esse é só ler o artigo até o final!
Quem poderia solucionar o misterioso desaparecimento da princesa Feiurinha?
Você seria capaz de escrever uma história para ela? Pois é esta a tarefa do escritor.
Quando Chapeuzinho Vermelho descobre que a princesa Feiurinha desaparecera, logo pede ajuda às outras princesas do reino dos contos de fada para encontrá-la.
Todas pensam, pensam, pensam... mas nenhuma delas lembra-se da história de Feiurinha. O que teria acontecido?
A Princesa Dona Branca Encantada logo se dá conta de que não se lembram mais da história porque ninguém mais a contava ou a lia. Assim percebe que todas as princesas correm perigo, porque apesar de o final de todos os contos ser “felizes para sempre”, o de Feiurinha não seguiu a regra. E se ninguém mais contasse ou lesse os contos? Será que todos os contos de fada desapareceriam assim como aconteceu com o de Feiurinha?
É nesse momento que resolvem pedir a ajuda do escritor. Ele terá que procurar,  pesquisar, encontrar a história de Feiurinha, escrevê-la novamente e começar a contá-la para que jamais volte a morrer. Ah! Ele não deve se esquecer do “felizes para sempre”!!
Que desafio! Vocês não acham?!! Escrever uma história perdida!
Mas com muita vontade de proteger e resgatar os contos de fada, o escritor consegue cumprir sua tarefa. E vocês nem imaginam quem é que o ajudou!
Mas... antes de ler “O fantástico mistério de Feiurinha” imagine, você, como seria a história dessa princesinha! Você já ouviu falar sobre ela?
É essa a preocupação do Pedro: se não lemos para as crianças, as histórias se perdem. Todos os seres que fizeram parte da nossa infância podem fazer parte, também, da infância das crianças de hoje. Você já imaginou como teria sido sua infância sem os contos de fada, sem as historinhas?
Não acreditaríamos no “felizes para sempre”, mas o que a gente nem percebe é que já estamos sendo felizes quando damos o nosso melhor em cada dia, como aconteceu com o escritor, que no início até pensou não ser capaz de escrever a história de Feiurinha, e achou que era um desafio muito grande para ele, um escritor iniciante, mas  com sua dedicação e empenho acaba conseguindo.
A nossa história não precisa ter um fim para sermos “felizes para sempre”, pois a felicidade nós conquistamos, ou melhor, construímos dia após dia. Só depende de cada um!

BANDEIRA, Pedro. O fantástico mistério de Feiurinha. (teatro) 1ed. São Paulo: FTD; 2001.

POLIANA

Superando dificuldades

Esta história é para quem não perde as esperanças e para aqueles que precisam renovar as suas, pois é isso o que a menina Poliana nos mostra.
Essa garotinha, órfã, acaba tendo que ir morar com uma tia, rica, severa e ranzinza. Mas dessa situação e desse relacionamento Poliana vai tirar e dar grandes lições de convivência e paciência, porque no fundo, no fundo, sua tia é uma boa mulher, e Poliana acredita no melhor das pessoas.
Poliana nos encanta com seu jeito de ser e seu modo de pensar a vida. Para ela tudo tem um jeito, e é através do “jogo do contente” que ela nos ensina o lado bom de certos acontecimentos, e ainda, que podemos resolver o que julgamos estar errado basta termos um pouco de paciência.
É o que acontece quando ela conhece Dona Maria das Neves, que vai mudando seu modo de ver a vida com a presença da garota; e com o menino Jaime, que muda radicalmente sua vida com a ajuda de Poliana.
Essa menina ajudou muitas pessoas, mas enfrentará um grave problema de saúde. Será que alguém a ajudará?
Apesar de ter enfrentado grandes dificuldades, Poliana proporciona o reencontro e a reaproximação de pessoas que, por serem orgulhosas, acabaram ficando, por muito tempo, solitárias, mas para ela nunca é tarde para recomeçar.
Para muitos a obra Poliana prega o conformismo, mas ao lermos esta história com um olhar não tão adulto, digamos... com olhos de criança, veremos que ao invés de se conformar Poliana, na verdade, persevera e luta para que o melhor aconteça não só em sua vida, mas na vida de todos aqueles que a rodeiam.

Referência do livro: PORTER, Eleanor. Poliana. Adaptado por Ivana Arruda Leite. São Paulo: Escala Educacional, 2004.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Alice no País da mentira

Alice no País da Mentira

É isso mesmo! E é essa Alice que você está pensando! A Alice do País das Maravilhas. Só que desta vez quem dá vida a essa garotinha cheia de ideias e perguntas é o nosso escritor Pedro Bandeira. Vamos dizer que ele pegou emprestada a Alice de Lewis Carroll. Só um pouquinho!
Alice sabia muito bem o que era uma mentira, só não sabia que ela tinha vários disfarces, e se não bastasse podia até existir mentira verdadeira e verdade mentirosa! Ui! Até fiquei tonta agora! Imagina a Alice que foi quem viveu toda essa confusão! Vamos esclarecer: ela descobrirá que nem sempre mentira é mentira e verdade é verdade.
Toda essa confusão se inicia quando o Lucas, melhor amigo de Alice, conta uma mentira mentirosa sobre ela. Que danado! De tão decepcionada ela foge para o sótão da vovó, o melhor lugar do mundo para se proteger, na opinião da própria Alice.
E é com um espirro igual a esse aqui: “AAATCHIMM!!” que ela vai parar no País da Mentira. E quando souber em que lugar está, vai começar a procurar o tipo de mentira do Lucas, o tipo de mentira que ele contou.
Lá ela vai descobrir vários tipos de mentira. Algumas a gente nem imagina que seja mentira; outras são horrorosas, de arrepiar; há, ainda, aquelas mentiras que são boas, e ajudam os outros sem prejudicar ninguém; e outras, ainda, que para Alice não eram mentiras, não, eram imaginação e deveriam mesmo era estar no País da Imaginação.
Mas nessa surpreendente viagem há também o País da Verdade. Mas não se engane, não! Lá há, também, muitas mentiras disfarçadas de verdade.
Nessa busca pela mentira do Lucas, Alice conhece a cozinheira da Duquesa, que a deixa mais louca ainda! É na Cozinha da Duquesa que Alice encontra o caminho de volta para casa, e tenta, apesar das explicações confusas da cozinheira, descobrir a mentira do Lucas.
Dessa aventura Alice aprende que para algo ser mentira ou verdade depende: de quem conta e ouve; de como conta e ouve; e porque conta e ouve.
É no País da Mentira e no País da Verdade que Alice vai aprender a distinguir mentira boa de mentira má, e verdade boa de verdade má. E você também pode aprender tudo isso, só que de um jeito divertido: lendo “Alice no País da Mentira”.
Afinal, tudo é uma questão de bom-senso e interpretação, pois há mentiras e verdades com muitas faces. Elas podem andar por aí disfarçadas, e podemos nem perceber a sua existência.

Referência do livro: BANDEIRA, Pedro. Alice no país da mentira. São Paulo: Ática; 2005.

TOC... TOC... Ei! Tem alguém aí?

Ei! Tem alguém aí?

Essa foi a pergunta feita por Mika, um menino de outro planeta, que ao ver a Terra se encanta e de tão curioso abre a porta de sua nave e cai no nosso planeta, ficando enroscado de ponta cabeça em um pé de macieira. O mais incrível é que conhece Joakim, um menino de 8 anos, que está prestes a ganhar um irmãozinho ou irmãzinha, e por isso está um pouco apreensivo.
Quando os dois se encontram o pensamento de ambos é o mesmo: “Será que ele é de outro planeta?”
Apesar de serem muito diferentes aprenderam muitas coisas um com o outro. Faziam perguntas que não tinham respostas, mas que faziam muito sentido e ao lermos esta história começamos a pensar sobre as verdades que conhecemos, quer um exemplo: quando Mika caiu, estava de pé, mas como foi parar de ponta cabeça?
Essa pergunta ele fez a Joakim, que não soube responder. Logo os dois pensaram que as verdades que conheciam poderiam ser relativas. E aí? Você também acha que algumas coisas são relativas?
Assim como Joakim e Mika, nós podemos aprender muito uns com os outros, basta querermos, pois temos mais tempo que os dois, já que eles ficaram juntos por apenas 24 horas. Apesar do pouco tempo, Joakim nunca mais se esqueceu de Mika, mas e Mika, o que teria acontecido com ele?
Depois de terem passado essas horas juntos, deitaram e dormiram, e ao amanhecer Mika não estava mais embaixo da cama de Joakim. Será que teria sido um sonho de Joakim? Ou ele verdadeiramente teria vivido essa história?
Para descobrir vamos ler o livro “Ei! Tem alguém aí?”, do mesmo autor de “O mundo de Sofia”, Jostein Gaarder.
Você vai gostar muito, porque descobrirá que Mika e o irmãozinho de Joakim têm muitas coisas em comum.
(Referência do livro: GAARDER, Jostein. Ei! Tem alguém aí? Tradução: Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.)

Bisa Bia, Bisa Bel

Uma história para contar...


     Você já se imaginou dentro de uma história? Já pensou em ser diferente do que é, ou de conhecer algum lugar?
     Pois com os livros você pode tudo isso e muito mais.
     Com os livros não há limites para o nosso pensamento.    
     Quando lemos, viajamos para lugares distantes, sem sair do lugar, e o melhor, sem gastar muito, só um pouquinho de tempo! Conhecemos novas opiniões e, através dessas, renovamos as nossas. E, ainda, muitas vezes voltamos para um tempo que não volta mais. Quem nunca quis fazer uma viagem pelo tempo, aquele tempo de criança, o qual, tenho certeza, se um dia tivéssemos oportunidade, voltaríamos.
     É isso o que acontece quando lemos livros como Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado, uma das escritoras brasileiras de literatura infanto-juvenil mais premiadas.
     A história desse livro, nas palavras da escritora, poderia ter acontecido com qualquer pessoa, inclusive com você.
      Quando o lemos temos a impressão de estarmos dentro da história. Viajamos pelo tempo, quero dizer, voltamos no tempo, para um tempo gostoso de se viver; um tempo em que não há preocupações, a única é se divertir e ouvir as histórias da vovó.
      Lembramos de coisas que aconteceram conosco, e nos identificamos com as personagens, pois elas são parecidas com tantas avós, netas e bisnetas deste mundo.
      Quando a menina Bel encontra uma fotografia antiga nem imaginava que iria conhecer pessoas que se tornariam muito, muito importantes para ela.
      Assim como Bel, você pode se aventurar a conhecer novas pessoas, as quais só ganham vida quando você abre o livro e as lê. Porque é isso que acontece quando lemos, nós temos o poder de dar vida a seres que estão esperando apenas uma “abridinha” nele e uma “olhadinha” por entre suas páginas.
      Neste livro, Bisa Bia, Bisa Bel, você que é mãe, vai conhecer e compreender melhor a sua filha; você que é filha, vai entender mais a sua mãe; e você que já é vovó, vai se “reencantar” e matar a saudade da neta querida.
      Tenho certeza de que você terá uma boa história para contar ao ler esse livro, e, também, terá boas lembranças do tempo de quando era criança, pois enquanto houver uma lembrança, o passado não será esquecido, estará sempre presente na nossa memória, e, também, nas páginas desse livro!

(Referência do livro: MACHADO, Ana Maria. Bisa Bia, Bisa Bel. Novela. 3ed. São Paulo: Moderna, 2001.)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Minhas férias, pula uma linha, parágrafo

Minhas férias, pula uma linha, parágrafo

E agora??? Nenhuma ideia na cabeça de Guilherme! Por onde começar a tradicional redação sobre “minhas férias”? Essa é a indagação de Gui em todo início de ano letivo.
Os dias mais gostosos para se ir à escola, para Guilherme, são o primeiro e o último até que... no primeiro dia... a professora de Português pede à turma para escrever uma redação sobre as férias. E imagina só: essa redação deveria ter trinta, eu disse trinta linhas, nem mais nem menos. Exatamente trinta linhas! Para tormento de Gui.
O Gui é um menino de 11 anos, que vivera muitas aventuras em suas férias e, para ele, não havia possibilidade alguma de suas férias i-n-t-e-i-r-i-n-h-a-s caberem em apenas trinta linhas. E o pior, teria, ainda, que resumi-la, pois só havia 15 minutinhos para escrevê-la! Como resumir as férias incríveis em trinta linhas e em apenas 15 minutos?
Com essa preocupação toda, ele escreve o que vem à cabeça e acaba colocando o sistema tradicional de ensino em cheque.
As indagações e observações que Guilherme escreve em sua redação deixam a professora assustada e, por causa disso, ela lhe dá uma tarefa, e esta, para ele, era o maior tormento de sua vida, era pior até do que ser expulso da escola: escrever uma redação para o diretor da escola, só que nesta redação ele deveria contar tudo o que havia feito na aula de português.
Mas algo mudaria o rumo desse “castigo” (pois para Gui, escrever obedecendo um monte de regras era um verdadeiro castigo!), e o que ele nem imaginava é que acabaria escrevendo uma história digna de publicação. E imagina só: justo porque não gostava de escrever!!!
Se você ficou interessado na história não espere mais: corra para a biblioteca mais próxima e veja o que Guilherme acaba fazendo depois de conversar com o diretor da escola.




Referência do livro: GRIBEL, Christiane. Minhas férias, pula uma linha, parágrafo. Ilustrações de Orlando. São Paulo: Richmond Educação; 2009.

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